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Quem a ouve não esquece... Voz exuberante e inconfundível à serviço da alma, refletindo a entrega de quem não teme se doar por inteiro. O poder e a sensualidade da voz negra que tinge a aquarela da música brasileira de marrom, com todo o suingue, brilhantismo e carisma de quem tem certeza que não está aqui por acaso. Vinte e oito discos de ouro e oito de platina, sendo dois deles de platina duplo. Inúmeros prêmios da MPB: Sharp de Música, Caras, Globo de Ouro, Rádio Globo, o Antena de Ouro, Tim, entre outros. Além desses, prêmios de grande vulto internacional como O Pensador de Marfim (concedido pelo Governo de Angola), Personalidade Negra das Artes (concedido pelo Conselho Internacional de Mulheres) e A Voz da América Latina (concedido pela ONU). Este blog é dedicado à cantora mais popular do Brasil. Filha do nosso chão, orgulho nosso. Uma mulher, uma negra, uma nordestina, uma brasileira guerreira: Alcione, a Marrom!

14 fevereiro, 2019

Alcione é presença confirmada no desfile da Mangueira


Para contar o enredo “História pra ninar gente grande”, o carnavalesco Leandro Vieira, da Mangueira, pretende escalar mangueirenses ilustres para reviver na Sapucaí os heróis esquecidos pelo povo. A cantora Alcione é uma das que vão embarcar na ideia, já que foi eleita pelo artista para representar a guerreira Dandara dos Palmares, que participou da luta armada pela abolição dos negros escravizados no Brasil.

— A invisibilidade da mulher na história de liberdade dos negros não deu a Dandara o merecido destaque. Reconhecê-la, para além da esposa de Zumbi, é lutar contra o machismo e dar à mulher negra o protagonismo que lhe foi tirado — disse Vieira.

 No texto que serve como base para o desenvolvimento do desfile, o carnavalesco aborda a luta pelo fim da mão-de-obra escrava através da contraposição entre a reverência excessiva à princesa Isabel, signatária da Lei Áurea, e a falta de destaque aos negros e negras que brigaram para ser livres. “Bem mais ‘exemplar’ a princesa conceder a liberdade do que incluir nos livros escolares o nome de uma ‘realeza’ na qual ZUMBI, DANDARA, LUIZA MAHIN, MARIA FELIPA assumissem seu real papel na história da liberdade no Brasil”, apresenta a sinopse.

 Entre as informações pouco divulgadas sobre a líder abolicionista estão a criação de três filhos paralela à luta e o suicídio, saída que ela encontrou durante a prisão para evitar o retorno à condição de escrava. Fonte: Sambarazzo.

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