14 de novembro, 21h05min em ponto. Aqui em Porto Alegre, o
show não atrasaria como ocorreu em Pelotas. O voo não conseguiu pousar na
capital e voltou para Florianópolis devido ao mau tempo. E tinham mais 4hs de ônibus até a cidade dos
doces. Chegaram lá às 21hs, no horário exato marcado para o início do show, sem
escala no hotel, direto para o Theatro Guarani. Mas, segundo Alcione, apesar de
todo o contratempo, o show foi perfeito. Deu tudo certo, e o povo gaúcho, que é muito acolhedor, entendeyu
o imprevisto. Lá, Alcione desceu do palco para ficar mais perto do seu público.
“Tinham muitos cadeirantes”, disse ela.
Às 20hs estávamos no Teatro Oi Araújo Viana. Já fazia alguns
meses desde o último encontro, na quadra da Banda Saldanha, em fevereiro deste
ano. Para nós, que moramos aqui no sul, é assim: saudade que dura meses; às
vezes, mais de um ano. Mas a gente aguenta firme, até porque sabe que sempre
terá um próximo show, e que será daqueles de arrebatar qualquer sofrer. Esse não
foi diferente.
Antes de nós entrarmos para o camarim, Alcione recebeu Dona
Eudóxia, uma senhora com mais de 80 anos, que mora em uma casa de idosos aqui
em Porto Alegre. Havia dito às cuidadoras que não queria morrer antes de
assistir a um show da Marrom. As funcionárias já estavam fazendo uma “vaquinha”
para comprar o ingresso, mas resolveram entrar em contato com a produção, que deu
a cortesia. E Dona Eudáxia conheceu o carinho do seu ídolo, e teve o show a ela
dedicado. “Quero pedir licença ao meu
fã-clube para dedicar este show à Dona Eudóxia”, disse Alcione, ainda no
começo do espetáculo.
É sempre pequeno o tempo em que estamos ao lado dela, mas é
um tempo de tantas coisas boas, de tanto amor, de tanta energia renovada, que
suplanta essa brevidade. Nos falou animada do show em Pelotas e da sua
Mangueira. Brincou, riu, nos fez rir. Quando comentamos que apesar da política
de cortes impressa pelo governador, o povo gaúcho compra ingresso e vem vê-la,
ela disse: vou falar isso no show! E falou! “Não
adianta o Sartori atrasar o 13º salário... Eu sei que vocês vem!” Rsrs
Nós vamos, sim! E até Dona Aneli vai. Essa senhora baixinha,
cheia de atrevimento, chegou junto à grade e gritou: “Eu vim de longe pra te ver. Vim de Gravataí. Tira uma foto comigo”. Mal
sabia ela que ao meu lado estava o Renan, que veio de Santo Ângelo, 8hs de ônibus
até Porto Alegre. Mas Marrom se derreteu por Dona Aneli e a chamou ao palco.
No repertório, grandes sucessos, cantados em uníssono pela
plateia que, a exemplo de nós, ama mesmo a Marrom. E como não gostar? Alcione é
ótima cantora, uma voz que não se imita, única, incomparável. Alcione gosta de
pessoas, interage, conversa com o público, é do povo, é simpática, bem
humorada, alto astral. Não envelhece e lota o teatro com pessoas de todas as
idades, de todos os níveis sociais, de todas as opções. Pessoas como Dona
Eudóxia, pessoas como Dona Aneli, como eu e você. A gente se diverte, dança, o
garçom passa com o champagne, cantando, alegre, feliz. Todos se divertem.
Alcione nos faz muito bem!
Valeu, Marrom! Obrigada pelo presente! Valeu, Carlos Fernando, Vera, Maria Helena, Bimbão!
Vocês são demais!
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