
Por Livia Deodato, O Estado de São Paulo
Zeca Baleiro, através de sua gravadora, a Saravá Discos, vem prestar sua homenagem a este grande compositor maranhense, autor de mais de 300 composições. Só agora, três anos após a sua morte, o público terá a chance de lhe conhecer. Balançou no Congá é a obra póstuma do artista descoberto tardiamente - como muitos outros perdidos pelo Brasil afora -, que reúne 17 das mais significativas músicas de seu extenso repertório guardado em velhos cadernos e na memória de sua filha, Heleudes Bogéa.
Compôs com João do Vale 350 anos de São Luís, interpretada no novo álbum pela também conterrânea Alcione, que fez questão de participar da compilação. 'O pai de Alcione, maestro João Carlos Nazaré, era muito amigo de Bogéa, assim como minha mãe, que estudou com ele', conta Baleiro.
Além de Alcione, participam do álbum os maranhenses Rita Ribeiro, Criolina, Chico Saldanha, Josias Sobrinho, César Teixeira, Tião Carvalho e Baleiro, obviamente. Beth Carvalho, Germano Mathias e Genival Lacerda completam a lista de intérpretes do altíssimo escalão aprovado previamente por Bogéa, que só conseguiu dar voz a quatro de suas composições - Balaiei, Sim, Balançou no Congá, Siricora e Sapoti. Poucos meses depois de ter iniciado as gravações em 2003, morreu em decorrência de um câncer.
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